O setor tem como principal atribuição garantir a eficiência do processo de pintura, atendendo as normas e requisitos estabelecidos, garantido a qualidade e visando a entrega pontual dos produtos. É composto por cinco grandes áreas, sendo Monovia, Pintura 1, Pintura 2, Pintura 3 e Rampa de lavagem/Depósito de inflamáveis.

A área de monovia é responsável por suspender as peças, segregando por cores e espessura de matéria-prima, pois cada espessura de chapa tem uma temperatura diferente nas estufas de cura. As peças são suspensas e organizadas de maneira estratégica para otimizar o trabalho.

O processo de pintura eletrostática a pó funciona basicamente por aplicação de tinta pó através de cargas elétricas opostas. A aplicação é realizada em estufas que aquecem a peça a 200 ºC fazendo com o pó funda no metal, esse é o caso das áreas de Pintura 1 e 3. O processo inicia com o primeiro tratamento de superfície para remoção da sujidade mais pesada. Em seguida é realizada a isenção, as quais servem para proteger roscas e pontos já definidos sem pintura. Na sequência o processo de jateamento, onde remove a carepa de laminação e oxidações da matéria-prima e gera a rugosidade da superfície.

Após isso, entra para o segundo processo de tratamento de superfície, a Fosfatização, sendo esta um tratamento químico, composta por mais cinco estágios que tem como principal objetivo aumentar a resistência à corrosão e promover a aderência da tinta. Após a Fosfatização, as peças passam por mais uma estufa de secagem, para a evaporação da água.

Em algumas peças mais complexas, também é realizado o tratamento de E–coat, um processo de eletrodeposição, por imersão a base de água, na qual sua principal finalidade é prover a superfície pintada proteção anticorrosiva. Um exemplo são as barras de pulverização.

O próximo processo é a aplicação do primer, tinta responsável por proteção química. Por fim, é realizado o processo de acabamento final, com tinta pó que possui proteção de raios UV nas cores, laranja, verde e grafite. Novamente as peças passam por mais uma estufa de cura, que realiza a secagem das peças.

Já a pintura líquida é responsável por realizar a pintura de peças que possuem componentes integrados, onde para o processo de secagem, não pode ultrapassar uma temperatura específica.

Dentro dos processos e operações citados, o setor de Qualidade realiza o monitoramento e controla os parâmetros para garantir a excelência das peças. Todos esses processos são realizados com auxílio de um equipamento eletrônico, que lança as informações para um banco de dados, que gera indicadores online.

O setor também possui laboratório de análises químicas, ensaios e homologações de produtos. É possível realizar ensaios de corrosão, testes cíclicos, dureza, flexibilidade, impacto direto, câmera de umidade, teste UV externos, entre outros.

Élio Gilmar Schmatz, gerente do setor de Pintura, conta que em um ano, são pintadas cerca de um milhão de metros quadrados, considerando a pintura a pó. O líder afirma que a pintura tem por principal finalidade a proteção anticorrosiva, garantindo a qualidade dos componentes. “A máquina precisa permanecer em bom estado, independente do aditivo que o cliente usa, porém sempre mantendo os cuidados necessários, o que consequentemente irá manter a qualidade e garantir a durabilidade por muitos anos à campo.”, completa.